14 de abril de 2022

Doença de Chagas: entenda o papel dos exames de imagem

Nesta quinta-feira, 14 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Chagas, infecção parasitária tropical, endêmica em Alagoas, com amplo espectro de manifestações clínicas, incluindo as gastrointestinais, como megaesôfago e dismotilidade esofágica, que correspondem, respectivamente à dilatação difusa e à perda patológica do movimento muscular sequencial e coordenado normal do esôfago, órgão responsável pelo transporte do alimento da orofaringe para o estômago.

A enfermidade é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, comumente transmitido aos seres humanos por um inseto, conhecido, popularmente, como barbeiro. A doença também tem estabelecida a forma de transmissão oral, transfucional e vertical.

Embora o diagnóstico seja feito, em sua maioria, por meio de exames laboratoriais, a doença também exige o acompanhamento da Radiologia. A Dra. Karoline Fonsêca (CRM/AL 7508 | RQE 4605), radiologista de Medicina Interna da Angioneuro, esclarece como os exames de imagem auxiliam na investigação dos casos. “Os exames de Raio-X contrastados, como esofagograma (avaliação do esôfago) e seriografia (avaliação de esôfago, estômago e duodeno), são essenciais em caso de suspeita, pois fornecem informações anatômicas e funcionais importantes para o diagnóstico dessas alterações”,  destaca.

Sintomas

De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, os sintomas da Doença de Chagas distinguem-se com base em duas fases: agua e crônica.

Na fase aguda, destacam-se: febre, mal-estar, falta de apetite, edemas, aumento do baço e do fígado, bem como distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode levar à óbito. Já na fase crônica, os pacientes podem passar um longo período, ou toda a vida, assintomáticos ou tê-la agravada com o passar do tempo, comprometendo o coração e o sistema digestivo.

Tratamento

Os medicamentos disponíveis são eficazes apenas na fase inicial da doença. Por isso, o diagnóstico precoce torna-se ainda mais importante nesses casos.

Prevenção

As medidas preventivas atuam, sobretudo, no controle do “barbeiro”, que é o hospedeiro da doença, com o intuito de impedir a sua proliferação. Entre elas, estão:

  • Melhorias nas habitações, com reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
  • Implantação de telas em portas e janelas;
  • Evitar a permanência de animais no interior da casa;
  • Evitar acumulação de lenhas, telhas e entulhos no interior da casa, bem como em suas proximidades;
  • Retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
  • Higienização periódica nas casas e proximidades;
  • Difusão de conhecimentos básicos sobre a doença, o transmissor e as medidas preventivas;
  • Encaminhamento de insetos suspeitos para o serviço de saúde mais próximo.