1 de novembro de 2021

Novembro Azul: entenda os impactos das doenças da Próstata

O Novembro Azul faz um alerta internacional para a importância do diagnóstico precoce do Câncer de Próstata. Por isso, nesta data, reunimos informações relevantes acerca da região, das doenças que a acometem e os respectivos tratamentos.

Próstata: o que é?

Trata-se de uma glândula presente apenas nos homens (em frente ao reto e abaixo da bexiga), cuja função principal é a de produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, o que torna-o mais líquido. Seu tamanho varia conforme a idade – sendo menor nos mais jovens.

Doenças da Próstata

Hiperplasia Prostática Benigna

Muitas pessoas confundem a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) com o Câncer de Próstata, mas são situações distintas. A HPB, como o próprio nome sugere, caracteriza-se pelo aumento benigno da próstata e é muito comum. Inclusive, costuma estar associada ao envelhecimento, de modo que cerca de 90% de homens acima dos 80 anos podem ser acometidos pela doença.

Com o aumento prostático, a uretra passa a ser comprimida, o que ocasiona os seguintes sintomas:

  • Jato urinário fraco, fino e sem pressão;
  • Mais vontade de urinar;
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Câncer de Próstata

Este é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos, no mundo, ocorrem a partir dos 65 anos.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando há manifestações, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata. Na fase avançada, pode provocar:

  • Dor óssea;
  • Dificuldade de urinar;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia;
  • Sangue na urina;
  • Infecção generalizada;
  • Insuficiência renal;
  • Óbito.

Triagem

Os métodos atuais utilizam o Antígeno Prostático Específico (PSA), principal proteína do sêmen e importante marcador de alterações prostáticas. Seu aumento está intimamente ligado a neoplasias prostáticas, Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e prostatites.

Fatores de Risco

  • Idade: incidência e mortalidade aumentam, consideravelmente, após os 50 anos;
  • Histórico Familiar: pai ou irmão acometidos pela doença antes dos 60 anos;
  • Sobrepeso;
  • Exposição química: Contato com aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fuligem e dioxinas.

Detecção precoce

A detecção precoce é fundamental para encontrar o tumor em fase inicial e, dessa forma, permitir mais chances de um tratamento bem-sucedido. A investigação pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com ou sem sinais e sintomas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de biópsia prostática via transretal ou transperineal e guiada por Ultrassonografia e/ou Ressonância Magnética, ambos realizados na Angioneuro. O material é solicitado a partir dos indicativos do exame de toque retal e das taxas apresentadas no PSA.

Tratamento

Em caso de doença localizada (sem atingir outros órgãos), o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e observação vigilante. Já o câncer localmente avançado, pode exigir radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. E, caso a situação já se configure como metástase (quando o tumor se espalha para outras regiões), indica-se a terapia hormonal.

Todos os tratamentos devem ser aplicados de forma individualizada, de acordo com as necessidades de cada paciente, e definida após médico e paciente dialogarem sobre riscos e benefícios de cada um deles.