Novembro Azul: entenda os impactos das doenças da Próstata
O Novembro Azul faz um alerta internacional para a importância do diagnóstico precoce do Câncer de Próstata. Por isso, nesta data, reunimos informações relevantes acerca da região, das doenças que a acometem e os respectivos tratamentos.
Próstata: o que é?
Trata-se de uma glândula presente apenas nos homens (em frente ao reto e abaixo da bexiga), cuja função principal é a de produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, o que torna-o mais líquido. Seu tamanho varia conforme a idade – sendo menor nos mais jovens.
Doenças da Próstata
Hiperplasia Prostática Benigna
Muitas pessoas confundem a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) com o Câncer de Próstata, mas são situações distintas. A HPB, como o próprio nome sugere, caracteriza-se pelo aumento benigno da próstata e é muito comum. Inclusive, costuma estar associada ao envelhecimento, de modo que cerca de 90% de homens acima dos 80 anos podem ser acometidos pela doença.
Com o aumento prostático, a uretra passa a ser comprimida, o que ocasiona os seguintes sintomas:
- Jato urinário fraco, fino e sem pressão;
- Mais vontade de urinar;
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Câncer de Próstata
Este é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos, no mundo, ocorrem a partir dos 65 anos.
Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando há manifestações, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata. Na fase avançada, pode provocar:
- Dor óssea;
- Dificuldade de urinar;
- Diminuição do jato de urina;
- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia;
- Sangue na urina;
- Infecção generalizada;
- Insuficiência renal;
- Óbito.
Triagem
Os métodos atuais utilizam o Antígeno Prostático Específico (PSA), principal proteína do sêmen e importante marcador de alterações prostáticas. Seu aumento está intimamente ligado a neoplasias prostáticas, Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e prostatites.
Fatores de Risco
- Idade: incidência e mortalidade aumentam, consideravelmente, após os 50 anos;
- Histórico Familiar: pai ou irmão acometidos pela doença antes dos 60 anos;
- Sobrepeso;
- Exposição química: Contato com aminas aromáticas, arsênio, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fuligem e dioxinas.
Detecção precoce
A detecção precoce é fundamental para encontrar o tumor em fase inicial e, dessa forma, permitir mais chances de um tratamento bem-sucedido. A investigação pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com ou sem sinais e sintomas.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de biópsia prostática via transretal ou transperineal e guiada por Ultrassonografia e/ou Ressonância Magnética, ambos realizados na Angioneuro. O material é solicitado a partir dos indicativos do exame de toque retal e das taxas apresentadas no PSA.
Tratamento
Em caso de doença localizada (sem atingir outros órgãos), o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e observação vigilante. Já o câncer localmente avançado, pode exigir radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. E, caso a situação já se configure como metástase (quando o tumor se espalha para outras regiões), indica-se a terapia hormonal.
Todos os tratamentos devem ser aplicados de forma individualizada, de acordo com as necessidades de cada paciente, e definida após médico e paciente dialogarem sobre riscos e benefícios de cada um deles.